Na
grande cidade é difícil driblar o tempo, principalmente quando dedicamos parte
do nosso dia ao trabalho!
Como
não podemos driblar o tempo, só resta nos aliarmos a ele.
Quando
acordo, já logo tenho que ir para o trabalho e sem perceber o dia voou... E
volto para casa apenas para dormir, porque logo mais tenho que sair novamente,
e assim segue minha vida.
Em meio
a toda esta turbulência, me deparo com o tão sonhado final de semana!
É
nele que reponho as energias para recomeçar uma nova semana. E assim vivo neste
circulo vicioso em função de uma rotina: Trabalho – meio que temos de
sobrevivência.
Em
tudo isso fica muito fácil nos ocuparmos com muitas coisas e sermos cheios de
toda esta rotina, o que ocasiona estresse.
Para aqueles
que têm um compromisso com Deus, sempre se dá um jeito de encaixa-lo nesta
rotina, afinal, ele se torna um alicerce e um aliado. Acredito que sem Ele já
não estaria viva, a vida já teria me matado.
Frequento
a igreja 2 vezes durante a semana e aos domingos, quando também me disponho a
obra Dele. E é algo muito maravilhoso!
Quando
saio da igreja, fico lisonjeada, como se nem estivesse aqui na terra... Às
vezes me pego falando na Rua com Deus, é inexplicável. Apenas sei que o tenho
de mais valioso é Deus que me dá: A presença Dele em meu ser, a paz contínua, a
certeza, a força, o equilíbrio, a honra de ter uma amizade e de servi-lo.
Ao
sair da igreja penso “quero mais”. Quero ficar aqui! Ou simplesmente quando o
final de semana acaba, penso: “Como passou tão rápido!”.
Conhecer
a Deus se tornou algo incessante em minha vida. Cada dia quero aumentar minha
intimidade com Ele, servi-lo com o meu melhor, ser exemplo, dá alegria para
Ele...
Mas,
com a rotina, ainda com toda esta sede e este amor, muitas vezes, me senti
sufocada, com vontade de gritar, sem encontrar sentido em viver para o trabalho,
sobrevivência... Perguntei-me muitas vezes qual o sentido disso? Se quando eu
morrer apenas quero encontrar o Meu Senhor? Ainda que o trabalho dignifique o
homem e ainda que a abundância glorifique a Deus, me perguntava...
Sem
perceber as dificuldades e as lutas me sufocaram... Ainda com todo Meu Amor
pelo próximo e por Deus! Em algumas coisas já não estava exalando o bom perfume
de Cristo... Não estava sendo motivo de alegria para o meu Deus!
Mesmo
meditando na palavra diariamente, e aprendendo, havia me esquecido do que
realmente importa...
Um
dia em sua santa graça e misericórdia, Deus vendo em meu coração o desejo
sincero em agradar, mesmo que minha atitude demonstrasse o contrário me fez
lembrar o que realmente importa: O Amor Dele por mim!
Foi
como tomar um “acorda” de maneira educada, doce e linda!
Deus
me fez lembrar que quando o servimos na sinceridade e de todo nosso coração,
Ele sempre se faz presente... Seja no trabalho, no trajeto de volta para casa,
quando choro, quando está feliz, quando sente dor... Foi algo incrível relembrar
estas verdades... Naquele dia, minha alma foi refrigerada, inundada...
E
nada mais me abalou! Sabe por quê?
Porque
o que realmente importa eu já tenho: A presença Dele comigo em todo tempo.
Interessante
que após aquele dia, aconteceram situações as quais pela fé natural deveria
sentir desespero. O mais impressionante é que por mais que quisesse não
consegui sentir qualquer coisa inconstante em mim... Pelo contrário: Apenas
paz, inexplicável, algo jamais experimentado. Convicção. Ouvir Deus te dizer
claramente: Eu sou contigo. Vai dar certo. Esteja em paz, paz esta que Eu te
dou. Emociono-me somente ao lembrar.
Momentos
que você se percebe “pequeno” aos olhos humanos... E Deus me diz: Dos
pequeninos será o meu reino... Pequena aos olhos humanos, mas para mim valor inexprimível,
te escolhi a dedo.
Maravilhoso,
sem palavras.
Além
de perceber o Amor de Deus como o meu maior tesouro conquistado com muito
esforço, pude experimentar como o mundo em um pequeno espaço (brecha) pode
sufocar algo tão grandioso!
Tive
certeza do porque me sentir tão diferente, de às vezes, as pessoas me olharem
como se eu fosse de outro planeta, pelo simples fato de que quando nascemos de
Deus tudo muda, inclusive os nossos valores.
Só
quem passou por esta experiência sabe do que estou falando.
O que
era de valor para você, passa a ter valores nulos. As vontades que te alegravam
no passado, já não te alegram mais, e o que fazia sentido, já não faz mais. O
que pertencia à velha criatura já não mais satisfaz, não traz alegria, o mundo
não entende porque ainda não sabe esta diferença! Involuntário não pensar em
Deus em todo instante, desde quando abro os olhos e quando vou comer. Deus é o
centro de tudo. O que diz respeito a uma vida sem Deus estar nas primícias,
acabamos julgando como perda de tempo, porque DEUS em tudo isso seja na
rotina ou no fim de semana é o que realmente importa, o resto é vaidade.
E
Deus me fez lembrar tudo isso quando andava com a cabeça bombardeada pelos
dardos inflamados do maligno.
Deus
é tudo, as demais coisas são apenas meros detalhes secundários.